sexta-feira, 7 de maio de 2010

Civilização egipcia


Antigo Egipto é a expressão que define a civilização da Antiguidade que se desenvolveu no canto nordeste do continente africano. A nação do antigo Egipto tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo.
A história do Antigo Egipto inicia-se em cerca de 3150 a.C., altura em que se verificou a unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egipto, e termina em 30 a.C. quando o Egipto, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio. Durante a sua longa história o Egipto conheceria três grandes períodos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, intercalados por três períodos de decadência. Um desses períodos de prosperidade, designado como Império Novo, correspondeu a uma era cosmopolita durante a qual o Egipto dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates.
A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenha sido também uma realidade.
Uma característica básica da civilização egípcia foi o seu aspecto altamente místico, que ajudava a preservar o poder do faraó, identificado com a própria divindade. Os egípcios eram politeístas, e somente no período da fracassada reforma religiosa de Amenófis IV tornaram-se monoteístas. Como acreditavam na vida após a morte e na imortalidade da alma, através da manutenção do corpo, desenvolveram uma sofisticada técnica de mumificação e construíram os mais ricos túmulos da antiguidade. Há civilização egípcia também coube a invenção da escrita hieroglífica, surgida no período Pré-dinástico e aperfeiçoada nos primeiros tempos da unificação. Entretanto, a escrita sempre foi um "bem cultural" dominado por poucos, cuja aquisição era garantida nas escolas do palácio ou dos templos.

As classes sociais no Antigo Egipto eram (por ordem de importância):
• O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário de todo o território. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egipto. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança na felicidade.
• Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também os sábios do Egipto.
• Dos altos funcionários, o mais importante era o vizir, responsável pela administração do império.
• Os monarcas eram administradores das províncias ou nomos. Assumiam funções importantes nas suas províncias, como as de juízes e chefe político e militar, mas estavam subordinados ao poder de faraó.
• Os guerreiros defendiam o reino e auxiliavam na manutenção de paz. Tinham direito a vários benefícios, o que lhes garantia prestígio e riquezas.
• Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e dedicavam-se a registar, documentar e contabilizar documentos e actividades da vida no Egipto.
• Os artesãos e os comerciantes. Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Já os comerciantes dedicavam-se ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio.
• Os camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas as terras eram do governo.
• Os escravos eram, na maioria, perseguidos entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplos.

Por: Ana Rute

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