sexta-feira, 7 de maio de 2010

Civilização Maia


A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte, arquitectura, matemática e sistemas astronómicos. Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (2000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo.
A civilização maia divide muitas características com outras civilizações da Mesoamérica, devido ao alto grau de interacção e difusão cultural que caracteriza a região. Avanços como a escrita, epigrafia e o calendário não se originaram com os maias; no entanto, sua civilização se desenvolveu plenamente. A influência dos maias pode ser detectada em países como Honduras, Guatemala, El Salvador e na região central do México, há mais de 1000 km da área maia. Muitas influências externas são encontradas na arte e arquitectura Maia, o que acredita-se ser resultado do intercâmbio comercial e cultural, em vez de conquista externa directa. Os povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio no período clássico, nem com a chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização espanhola das Américas. Hoje, os maias e seus descendentes formam populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantém um conjunto distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias pré-colombianas e pós-conquista (e estruturado pela aprovação quase total do catolicismo romano). Muitas línguas maias continuam a ser faladas como línguas primárias ainda hoje; o Rabinal Achí, uma obra literária na língua achi, declarada uma obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2005.

Por: Nancy Santos

Civilização egipcia


Antigo Egipto é a expressão que define a civilização da Antiguidade que se desenvolveu no canto nordeste do continente africano. A nação do antigo Egipto tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo.
A história do Antigo Egipto inicia-se em cerca de 3150 a.C., altura em que se verificou a unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egipto, e termina em 30 a.C. quando o Egipto, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio. Durante a sua longa história o Egipto conheceria três grandes períodos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, intercalados por três períodos de decadência. Um desses períodos de prosperidade, designado como Império Novo, correspondeu a uma era cosmopolita durante a qual o Egipto dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates.
A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenha sido também uma realidade.
Uma característica básica da civilização egípcia foi o seu aspecto altamente místico, que ajudava a preservar o poder do faraó, identificado com a própria divindade. Os egípcios eram politeístas, e somente no período da fracassada reforma religiosa de Amenófis IV tornaram-se monoteístas. Como acreditavam na vida após a morte e na imortalidade da alma, através da manutenção do corpo, desenvolveram uma sofisticada técnica de mumificação e construíram os mais ricos túmulos da antiguidade. Há civilização egípcia também coube a invenção da escrita hieroglífica, surgida no período Pré-dinástico e aperfeiçoada nos primeiros tempos da unificação. Entretanto, a escrita sempre foi um "bem cultural" dominado por poucos, cuja aquisição era garantida nas escolas do palácio ou dos templos.

As classes sociais no Antigo Egipto eram (por ordem de importância):
• O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário de todo o território. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egipto. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança na felicidade.
• Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também os sábios do Egipto.
• Dos altos funcionários, o mais importante era o vizir, responsável pela administração do império.
• Os monarcas eram administradores das províncias ou nomos. Assumiam funções importantes nas suas províncias, como as de juízes e chefe político e militar, mas estavam subordinados ao poder de faraó.
• Os guerreiros defendiam o reino e auxiliavam na manutenção de paz. Tinham direito a vários benefícios, o que lhes garantia prestígio e riquezas.
• Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e dedicavam-se a registar, documentar e contabilizar documentos e actividades da vida no Egipto.
• Os artesãos e os comerciantes. Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Já os comerciantes dedicavam-se ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio.
• Os camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas as terras eram do governo.
• Os escravos eram, na maioria, perseguidos entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplos.

Por: Ana Rute

terça-feira, 2 de março de 2010

História do Carnaval


A História da origem do Carnaval é um assunto bastante controverso e tem sido sujeito a várias pesquisas durante muito anos, por vários estudiosos.
Há estudiosos que defendem que estas celebrações, festas ou cultos, tiveram a sua origem na Grécia, entre os anos 605 e 527 a.C., com cultos a deuses da agricultura, e cuja finalidade era terem boas colheitas.
Outros, acham que se iniciou, muito mais cedo, no Egipto, em homenagem à deusa Ísis e ao Touro Apis. Noutros registos, encontramos, na Pérsia, festas da deusa da Fecundidade Naita e de Mira, deus dos Pastores; na Fenícia, Festa da deusa da Fecundidade Astarteia; em Creta, festa da Grande Mãe, deusa protectora da terra e da fertilidade, representada por uma pomba; na Babilónia, as Sáceas, festas que duravam cinco dias e eram marcadas pela licença sexual e pela inversão dos papéis entre servos e senhores, e pela eleição de um escravo rei que era sacrificado no final da celebração.
Outros alvitram que poderá ter sido na Roma Antiga, em honra dos deuses Baco e Saturno. Vamos então encontrar o Carnaval associado às Bacanais ou Grandes Dionisíacas (festa da terra, do vinho e das florestas), efectuadas em Roma e na Grécia em louvor de Baco ou Dioniso (com a prova do vinho novo), que decorriam nos três meses de Inverno, celebradas, principalmente, pelos camponeses, que se apresentavam mascarados durante as festividades.
Com o cristianismo, a Igreja Católica transformou alguns desses rituais pagãos em homenagens aos santos, conferindo-lhes um carácter sagrado de acordo com os princípios cristãos. Vários elementos das antigas festas pagãs, porém, foram preservados.
Esta tradição foi-se espalhando por todo o lado, pela Grécia, por Roma, por Veneza e, já no século VI d.C., as pessoas, no Carnaval, fantasiavam-se, mascaravam-se como forma de se disfarçarem, de se esconderem para poderem criticar os governos, os poderosos. Então surgem os carros alegóricos, os desfiles.
Mas todas estas festas mantinham mais ou menos um traço comum: “Pessoas mascaradas, danças, risos, bacanais, brincadeiras, excesso de bebida e comida, sexo, fantasias e todas essas manifestações de libertinagem”.
Etimologicamente falando, a origem da palavra "Carnaval" também tem várias versões. Uns acham que deriva de "carne vale" (adeus carne), enquanto outros justificam que se trata do início do período Quaresmal, época esta espiritual, de privação da carne na alimentação. E há ainda diversas outras interpretações.

De festa meramente pagã, condenada, na época, pela Igreja, passa a celebração mais ordeira, mais civilizada, se assim se pode considerar.
Com bailes, desfiles alegóricos e máscaras, mas com um sentido mais estético, não tão libertino. Toda esta modificação deveu-se ao facto de, no séc. XV, o então Papa, Paulo II, permitir que se realizasse em frente ao seu Palácio o carnaval romano, mas de forma a que as pessoas fossem mais contidas nas suas atitudes e comportamentos.
Alguns anos após os descobrimentos, os Portugueses, levaram para o Brasil o festejo do Carnaval.
Nos dias de hoje, é decerto um dos países onde se comemora mais freneticamente esta festa, pelo impulso que deram com a introdução dos seus ritmos sambistas e africanos. E também pelo calor das gentes, pela mistura de raças e dos seus ritmos.
Em África, os rituais que sobressaíam eram e são, entre outros, a dança à volta de fogueiras e as pinturas (máscaras improvisadas) no rosto e corpo.
Cada país onde se celebra o Carnaval festeja-o de maneira diferente, dando o seu cunho próprio com a manifestação das suas tendências culturais.
A partir de 1545, o Carnaval é reconhecido como uma festa popular.
Foram estabelecidas posteriormente, pelo Papa Gregório XIII, as datas desta comemoração; nunca poderia coincidir com o festejo da Páscoa Católica.
De acordo com um cálculo baseado no equinócio da Primavera, o Carnaval deveria ser celebrado sempre no 7ª domingo que antecede o domingo de Páscoa (Católica).
E assim, até aos dias de hoje, o Carnaval continua a ser comemorado um pouco por todo o mundo, seguramente por significar "alegria" mesclada com um sabor de "anarquia", em contraste com um quotidiano cada vez mais cinzento, previsível e desprovido de encanto.

Depois do Egipto, o primeiro, do segundo na Grécia e Roma Antigas e do terceiro, no Renascimento Europeu, particularmente em Veneza, o Carnaval encontra no Rio de Janeiro o seu quarto centro de excelência resgatando o espírito de Baco e Dionisus, segundo a tese de Hiram Araújo - estudioso do Carnaval e do samba - ao contar uma história que completa o seu sexto milénio e que acompanha a própria história da humanidade. A história do Carnaval, considerando os seus Centros de Excelência, está dividida em quatro períodos: o Originário, (4.000 anos a.C. ao século VII a.C.), o Pagão, (do século VII a.C. ao século VI d.C.), o Cristão (do século VI d.C. ao século XVIII d.C.) e o Contemporâneo (do século XVIII d.C. ao século XX).

Por: Sónia Casado

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

História da All Star

A história de um dos maiores ícones americanos, e posteriormente mundial, começou quando Marquis M. Converse fundou a empresa Converse Rubber Company em 1908, na cidade de Malden, estado do Massachusetts. Em 1917, a empresa lançou uma linha de calçados desportivos, incluindo o ténis feito de lona e sola de borracha que revolucionou o basquete criando um calçado inovador para a época, o mundialmente famoso CONVERSE ALL STAR, com o selo de estrela na lateral. Em 1921, Charles “Chuck” Taylor, jogador universitário que logo se tornou profissional, juntou-se a Converse e colocou novas ideias para uma versão do ALL STAR. Ele mudou o desenho da sola para criar mais tracção, adicionou uma protecção no calcanhar para melhor apoio e protecção ao tornozelo dos jogadores. Lançado em 1923, o CONVERSE ALL STAR com sua assinatura foi um sucesso instantâneo, sendo o único ténis usado por todos os jogadores de basquete, quer seja profissional ou universitário.
O ténis foi o primeiro modelo produzido para o mercado de massa norte-americano e rapidamente toda a América sucumbe ao modelo que passa a ser o ténis oficial dos jogadores de basquete americanos. O design básico, o conforto, a durabilidade e funcionalidade foram característicos que determinaram a escolha do CONVERSE ALL STAR como calçado oficial das forças armadas americanas durante a Segunda Guerra Mundial. Até 1947 o ALL STAR só era encontrado na tradicional cor preta. Mas isso mudou com o lançamento do ténis na cor branca, criando assim mais uma opção básica para seus consumidores.
O sucesso continua e nos anos 50 e 60, estrelas de cinema e do rock adoptam o ALL STAR. James Dean não saía jamais sem os seus durante a filmagem de “A Fúria da vida”. Bruce Springsteen, Graham Nash e Eddie Van Halen eram vistos utilizando ALL STAR em seus shows. Até 1955, cerca de 100 milhões de espectadores assistiam aos jogos da NBA e o CONVERSE ALL STAR Chuck Taylor tornara-se o calçado número 1 na América. Na década de 60, Hollywood se encanta e utiliza cada vez mais seus produtos no cinema. A distância entre os mundos do desporto e da moda começa a se apagar. Outras marcas iniciaram o desenvolvimento de calçados com tecnologia mais avançada e em materiais mais adequados ao basquete. A empresa responde a esta demanda agregando cores e materiais como o couro; e lançando em 1966 a versão cano curto (conhecida como Oxford) e em cores variadas. É o começo de uma nova história. O ALL STAR firmou seu espaço nos anos 70, quando ganhou definitivamente os pés do rock n´roll. Apesar disso, ALL STAR sentiu a ameaça de perder seu lugar estrelado frente ao crescimento de marcas como Nike, Reebok, Puma e Adidas. Mas o tênis seguiu sua trajectória impulsionada pelo LIFESTYLE.
Foi febre nos anos 80, época da moda “vários em um”. O ténis manteve o modelo clássico, mas a sola era ligada com um zíper à parte de cima, dando a possibilidade de 3 ALL STAR em 1. Também foi lançado o modelo original em couro – chamado de All Star 2000 – e que se tornou um sucesso entre os consumidores, vendendo mais de 1.000.000 de pares. Nesta década algumas personalidades entraram para a história como adeptos dos ténis, entre eles o roqueiro Kurt Cobain, do Nirvana, e os integrantes do Ramones, que acabaram arregimentando usuários entre os fãs de suas bandas. Em 2001, a Converse sofreu com altas dívidas e seus títulos chegaram a valer menos de US$ 1 na Bolsa de Valores. Tal queda lhe valeu lugar no capítulo 11 da lei americana de empresas em falência. Foi neste momento que a CONVERSE foi assumida pelo fundo americano de Footwear Acquisition por €125 milhões. A produção começou a ser realizada na Ásia, e as filiais estrangeiras foram fechadas e convertidas em distribuidores e passaram a ter contratos de licenciados.
A empresa foi comprada pela Nike em 2003 por US$ 305 milhões, quando ainda enfrentava enormes dificuldades financeiras, basicamente pelo valor da marca ALL STAR. Para a Nike, a compra da empresa iria ajudar a ocupar um espaço que a marca ainda não conseguiu tomar: ténis de preço mais baixo. Nos anos seguintes, aos poucos a marca ALL STAR foi reconquistando ex-clientes e outras várias gerações. Outro factor importante para a marca voltar a ganhar força no mercado foi a distribuição. Rede selectiva para distribuir o produto, valor agregada à marca e a comunicação, além de trabalhar com formadores de opinião. Rapidamente o produto voltou a se tornar um básico, um ícone de juventude descolada e moderna. Hoje, com um nome que pesa mais de US$ 2 bilhões em vendas, a líder de calçados desportivos resgatou definitivamente a marca ALL STAR. Não apenas salvou a marca, como transformou o ténis de bico branco em líder entre os varejistas de muitos países. Em 2008 o tradicional ténis completou um século de existência. Embora a idade, a marca de ténis, uma verdadeira estrela no segmento, vestido jovens e velhos, homens e mulheres, crianças de todos os países, nunca foi tão popular e moderna, mesmo tendo que lutar hoje contra a falsificação. Assim a cada ano, centenas de milhões de pares são vendidas no mundo, 30.000 por semana, segundo a marca. Mais do que uma moda, ALL STAR é uma epidemia.

DE: Nancy Santos

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cultura e religião da Índia


A Índia é um país de contrastes, a diversidade de línguas, hábitos e modo de vida não impedem que haja uma grande unidade na cultura do país, ao mesmo tempo que cada estado tem seu próprio modo de expressão, como na arte, música, linguagem ou culinária, o indiano é profundamente arraigado ao sentimento de amor à sua nação e tem orgulho de sua civilização ancestral, o que mantém vivas até hoje muitas tradições.
Talvez pela profusão de deuses adorados por diferentes segmentos da sociedade, a tolerância religiosa é algo inerente aos indianos acostumados a conviver com a diversidade, como as línguas diferentes faladas muitas vezes por vizinhos. Nos dias de hoje ocorrem conflitos religiosos, mas isso não pode ser considerado característico.
Muita coisa causa estranheza no ocidente, pois são muitos símbolos, muitas deidades, muitos rituais. A maioria é relativo ao Hinduísmo, que ainda é a religião com mais seguidores na Índia, seguido pelo Islamismo e o Budismo. O Hinduísmo é tão antigo quanto a civilização da Índia, tanto que a palavra "hindu"é erroneamente usada para dizer " indiano", e toda a simbologia é vista pelos outros países como se representasse a própria Índia.
"Por quê Ganesha tem cabeça de elefante? Como o ratinho tão minúsculo pode ser o seu veículo? Porque algumas pinturas mostram os deuses e deusas com tantos braços? "Não podemos entender a Índia sem entender o significado de símbolos como o Om, a swastika, o lotus que revelam fatos sobre a cultura do país, desenvolvidos por centenas de milhares de anos. Apenas aqueles que estudaram a cultura intensamente podem entender o significado intrínseco desses símbolos, mas é uma obrigação moral de todo indiano se dedicar ao conhecimento da simbologia cultural da Índia.

Por: Nancy Santos